Fim de olimpíadas!

O Brasil terminou as olimpíadas de Tóquio na 12ª posição, vencida mais uma vez pelos E.U.A com 39 ouros, um acima dos chineses. O Brasil conquistou 7 ouros, boxe, canoagem e vela se destacaram, mas alguns pontos importantes e delicados não podem passar despercebidos.

Por exemplo;  o jornalismo esportivo acabou, essa sequência de Copa América e Olimpíadas, brigas por direitos de transmissão, patrocínios e infelizmente da burra politização que vive o país, chegaram aos meios esportivos. Canais de tv, comentaristas esportivos, colunistas e principalmente a influência de quem nunca obteve espaço no mundo esportivo e da pior forma se infiltrou, fazem com que não possamos mais interpretar de forma isonômica a posição desses “profissionais”, lamentável.

No esporte, sempre exaltamos e criticamos os desempenhos, a técnica ou as falhas esportivas. Hoje, este mesmo espaço não é mais usado pra se falar do resultado de bom ou mau atleta e sim pra expor características esportivamente secundárias como; opção sexual, lado político, quantidade de seguidores em mídias sociais, feminismo, além dos possíveis amigos no meio. Está ficando escasso ler ou assistir profissionais que falam somente do jogo, da partida, do desempenho, sem atrelar a política e lacrações exageradas.

O Brasil melhorou seu desempenho e resultado, que na minha opinião ainda é fraco, porém alguns esportes não possuem a mesma infra estrutura do destoado futebol masculino em olimpíada, também à boas estruturas no vôlei, handball, iatismo, surf, skate, natação, esportes com patrocínios ou apoio de seus raros clubes, que investem nos esportes olímpicos. Atletismo de forma quase que geral e boxe, poderiam receber mais atenção e recurso, parte do futebol por exemplo.

No campeonato brasileiro, dos paulistas somente o São Paulo venceu, 2 a 1 contra o furacão na baixada, dois gols de Pablo, decisivo no sábado. Contudo a torcida e as manchetes ficaram pra péssima entrevista do superestimado Daniel Alves, que entre outras coisas, disse ter colocado o São Paulo no mapa novamente, expôs o problema financeiro e atrasos de salário e tudo isso com apenas um paulistinha, acredito que a direção tricolor deva fazer este cidadão se retratar, foi desrespeitoso e arrogante, depois de ganhar mais um torneio irrelevante e achar que é Champions League.

O Palmeiras perdeu por 3 a 2 em casa para o Fortaleza no sábado, mesmo com um jogador a mais e um gol contra do Fortaleza para o Palmeiras, o time de Abel novamente jogou mal e dessa vez não obteve sorte pra vencer. Na terça o duelo contra o São Paulo pela Libertadores será no Morumbi.

Santos e Corinthians empataram por 0 a 0 na Vila, jogo fraco e estreia de Giuliano no timão, o placar acabou sendo justo e ambas as equipes poderiam render mais. O Corinthians teve um pênalti marcado e depois desmarcado, após o Var interferir em lance de interpretação, essa discussão sobre a interferência parece não ter fim no Brasil. Não foi, mas o juiz marcou, e aí ? 

Ainda na rodada, destaque para o Internacional que goleou o Flamengo por 4 a 0 no Maracanã, além do América MG, único mandante a vencer na rodada, 1 a 0 contra o limitado Fluminense.   

Aproveitando que a matéria abordou temas polêmicos, mais um deve crescer nos próximos dias, a questão de alguns clubes começarem a conseguir na justiça direito de ter público em seus mandos, obviamente depois de validado pelo sistema de saúde de cada praça, Flamengo, Atlético Mg, Cruzeiro entre outros. 

Existe muita hipocrisia na discussão, todos os clubes querem o público e principalmente suas receitas de bilheteria, por mais que uns fingem defender bandeiras como o Fluminense, que acabou de formalizar pra jogar com público ao governo do estado do RJ, chamando a partida de evento teste na libertadores. Os times, principalmente os de São Paulo, precisam se organizar e cobrar do governador a liberação, visto que shows, feiras, fórmula 1 e festivais já estão liberados. O caminho não é criticar outros e sim agir em pró de seus interesses, mas uma vez a política fará a decisão pelos clubes.

 

Por Ataíde Machado

É empresário, gestor comercial, publicitário e colunista esportivo.